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Incorporando experiência no cross-channel por Instituto Impulso

Postando em 19/08/2013

A crescente demanda por compras no ambiente digital promovida pelo aumento da oferta de sites e “marketplaces” e pela evolução em número e conhecimento do Neo-Consumidor, o que é digital, multicanal e global, tem criado novas e importantes contribuições ao mesclar os conceitos de experiências de compras do mundo real com propostas que nascem no e-commerce e se misturam com o uso das redes sociais.

A compra digital é cada vez mais reconhecida por sua facilidade, conveniência e sortimento, associados com mecanismos de avaliação, comparação de preços, condições e pela possibilidade de conhecer a experiência de outros consumidores com produtos, marcas e lojas, o que a torna crescentemente mais interessante. Isso é particularmente importante nos grandes centros urbanos, para consumidores pressionados pelas condições locais, ou para regiões distantes desses, onde a falta de alternativas cria demanda insatisfeita.

A questão cada vez mais presente é como incorporar mais experiência nesse processo de compra, apenas no ambiente digital, ou mesmo como potencializar essa experiência integrando-a no ambiente das lojas físicas utilizando também os infinitos recursos que se criam pela possibilidade de uso das redes sociais e suas ferramentas.

As muitas alternativas que permitem compartilhar fotos com amigos ou experimentar diferentes combinações de produtos, em especial para moda e vestuário, combinando recursos próprios do e-commerce com outros vindos das redes sociais, de alguma forma têm contribuído para fazer crescer a compra via e-commerce dessas categorias, que no Brasil saltou do 12° item na escala dos mais vendidos para o 2° lugar nos últimos anos. Tudo isso apesar da descrença original de fundamental importância que ao comprar estes produtos o consumidor precisaria tocar e sentir, conceito que o tempo mostrou ser irreal.

Recente artigo publicado no New York Times mostra a expansão dos chamados “social shopping sites” mesclando os recursos das redes sociais com o e-commerce criando uma nova geração de formatos de varejo digital que tenderá a ter forte expansão nos próximos anos à medida que os novos consumidores digitais predominem no mercado de consumo, o que é inevitável.

Na esteira do processo de amadurecimento e crescimento do consumidor digital, educado e desenvolvido pelos grandes players globais como Amazon, Tesco, EBay, Alibaba e outros, inúmeros varejistas e fornecedores de produtos e marcas se dão conta de quão inevitável é sua presença nesse ambiente, gerando informação, relacionamento e compras, para pessoas que têm na falta de tempo e na ânsia de mais alternativas e referências positivas de produtos e marcas a demanda natural para o trafego em seus sites. Não se trata mais de uma opção. É absoluta contingência estar presente, da forma mais intensa e ampla possível, sob pena de mostrar-se desconectado com a realidade de mercado, entrando mais diretamente na curva de experiência do consumidor e aprendendo com ela as novas regras do mercado.

Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd. com.br) diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza.

Na maioria dos casos estar presente de forma superficial no ambiente digital, apenas com informação ou referências, mostra desconexão com a realidade e pode, no limite, impregnar a própria marca com a percepção de algo ultrapassado ou menos atualizado, elementos que podem “colar” na imagem e no posicionamento da empresa, gerando consequências também no ambiente real, das lojas tradicionais, o que é particularmente importante para empresas nas áreas onde moda é fator relevante na formação da imagem da marca.

Estar presente de forma ativa e inovadora no ambiente digital, criando alternativas, aprendendo junto com o mercado, mesclando canais, formatos, experiências, redes sociais, recursos analógico-digitais e buscando incessantemente o novo e inusitado também traz consigo essa aura que pode impregnar positivamente a marca, alinhando seus valores com aqueles emergentes nas novas gerações e, de forma acessória, gerando mais receitas e resultados.

Deixou de ser questão de escolha. É fazer, ou fazer.

 

Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br) diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza.

TAGS - experiência, cross-channel, ambiente digital, marketplaces
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