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Investimentos em educação corporativa por Instituto Impulso

Postando em 12/07/2013

No recente processo de redemocratização que nosso país vem passando observamos que uma das reivindicações mais frequentes tem sido a educação. Esse tema esteve presente nos cartazes dos militantes que foram às ruas, nas manifestações organizadas pelos sindicatos na última quinta-feira, e em todos os últimos discursos da presidente Dilma como na marcha dos prefeitos dessa semana ou no pronunciamento à nação no dia 21 de junho.

Definitivamente, há um consenso sobre a importância desse tema em todos os níveis da sociedade. O questionamento, entretanto, é se o tratamos com a mesma exigência e relevância dentro das organizações.

O investimento do Governo Federal em educação aumentou de 3,9% do PIB em 2000 para 6,1% do PIB em 2012 (dados do MEC), demonstrando que, apesar das deficiências da gestão governamental, há uma sensibilidade ao tema dada a necessidade de elevar a competitividade internacional do país.

Além da convergência entre Governo e Organizações buscando elevar a competitividade no mercado, há outras similaridades. Frequentemente a educação é uma das primeiras a receber cortes em momentos de crise ou baixo faturamento, ignorando a premissa de que o desenvolvimento organizacional deve ser suportado por investimentos contínuos e ações permanentes, objetivando a construção de novas competências e comportamentos.

Adicionalmente à redução da participação da Educação Corporativa no faturamento, vemos que parte das empresas ainda trata o tema com uma visão de curto prazo e com objetivos claramente operacionais.

Usualmente os cursos disponibilizados pelas organizações tratam de temas primários e técnicos como “Metodologias de Vendas”, “Técnicas de Negociação”, “Gestão Financeira”, dentre outros. Há de se pensar: (1) o quanto esses modelos encaixotados aderem à cultura da sua organização; (2) os mesmos possuem conteúdos atualizados ao cenário competitivo e (3) quais os ganhos dos treinamentos focados em atividades operacionais, além de pequenas melhorias de produtividade. Dessa forma defendemos que todos os treinamentos devem possuir em seu conteúdo temas estratégicos, discutindo tendências do mercado, realidades competitivas, e direcionamento estratégico.

Artur Motta (artur.motta@gsmd.com.br), diretor de Treinamento & Desenvolvimento da GS&MD – Gouvêa de Souza.

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