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Vendas do comércio varejista devem crescer 3,8% em 2015 por Administrador

Postando em 08/12/2014

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O atual cenário de economia enfraquecida, juros altos e menor ritmo de abertura de vagas no mercado de trabalho, que eleva a cautela do consumidor, deve conduzir o comércio varejista em 2014 ao seu pior desempenho em dez anos, em volume de vendas e abertura de novas vagas.  Em 2015, no entanto, o setor deve mostrar leve recuperação, impulsionado pela melhora na atividade econômica. A análise partiu do economista da Confederação Nacional de Comércio, Bens e Serviços (CNC), Fábio Bentes.

 

A entidade projeta alta de 3,2% para as vendas do comércio varejista restrito neste ano — se confirmada, seria o mais fraco resultado desde 2003 (-3,7%). “Mas podemos revisar [a projeção] para baixo novamente”, alertou o economista. Entretanto, para 2015, o cenário deve ser um pouco melhor, com expansão de 3,8% no volume de vendas do varejo restrito ante 2014. 

 

Ele fez as observações ao comentar o recuo de 1% no Índice de Confiança do empresário do Comércio (Icec) em novembro em comparação com outubro, anunciado nesta quinta-feira pela instituição. Os três tópicos usados para cálculo do indicador mostraram retração, em todas as comparações. É o caso de condições atuais, que teve quedas de 2% ante outubro; e de 16% ante novembro do ano passado; de expectativas, com recuos de 0,5% ante outubro; e de 9,5% ante igual mês em 2013; e de investimentos, com retrações de 0,8% ante mês imediatamente anterior; e de 9,2% ante novembro do ano passado.

 

Um dos aspectos que mais contribuíram para o desempenho negativo do indicador em novembro foi o atual ambiente de economia fraca, com demanda baixa, observou Bentes. “Estamos esperando para esse ano um aumento de apenas 0,2% no PIB”, acrescentou ele. Isso, na prática, derrubou o tópico ligado à avaliação de momento presente, que foi o principal fator para o recuo do índice em novembro, detalhou.

 

Mas o problema não parece se encontrar apenas nas avaliações sobre momento presente, considerou ele. O mais grave, para o especialista, é que, pela ótica da pesquisa, os empresários não estão percebendo sinais de reação na demanda no curto prazo. Isso derrubou as expectativas e pode conduzir a novas quedas no Icec nos próximos meses, comentou ele.

 

Esse contexto desfavorável, não só para o momento presente, como para o futuro, também deve cobrar seu preço no mercado de trabalho varejista, alertou ele. “Estamos prevendo um acréscimo de 137 mil vagas formais no varejo em 2014 ante 2013, sendo que, no ano passado, esse número foi de 260 mil ante 2012”, afirmou Bentes, acrescentando que, caso confirmada, a projeção seria o pior nível de abertura de vagas em dez anos para o comércio varejista, que emprega em torno de 7,6 milhões de pessoas formalmente. “E esse volume esperado de novas vagas deve ser impulsionado por temporários, o que é uma coisa frágil, são vagas que podem não se sustentar até o fim de 2015”, ressaltou.

 

No entanto, a CNC calcula que a atividade econômica deve mostrar alguma reação no próximo no, com estimativa de alta de 1% para o PIB de 2015 ante 2014. Isso deve garantir um aumento melhor nas vendas do varejo, no ano que vem, em comparação com esse ano, explicou Bentes.

TAGS - impulso, vendas, varejo, comércio, 2015

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